Lista das 7 estrelas mais brilhantes do céu

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No artigo de hoje, vamos revelar as sete das estrelas mais brilhantes com uma magnitude visual inferior a 0,1 e suas constelações. Se você quiser descobrir mais estrelas deslumbrantes, confira o nosso novo infográfico.

Conteúdo

The Brightest Stars and Their Constellations
Aprenda quais são as estrelas mais brilhantes, suas constelações, distância até a Terra e o melhor momento para vê-las! Confira este infográfico.
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Como medir o brilho de uma estrela

Os astrônomos medem o brilho das estrelas, planetas e outros objetos espaciais usando uma escala de magnitude. Existem dois tipos de magnitude: a aparente e a absoluta. A magnitude aparente (ou visual) é o brilho de um objeto como ele aparece no céu noturno, do ponto de vista da Terra. A magnitude aparente depende da luminosidade intrínseca de um objeto, da distância e de outros fatores que reduzem o seu brilho. Quanto menor a magnitude aparente, mais brilhante um objeto parece para os observadores. Corpos espaciais com números negativos de magnitude são excepcionalmente brilhantes.

A magnitude absoluta é uma magnitude aparente que um objeto teria se ele estivesse localizado a uma distância de 10 parsecs. Por exemplo, a magnitude aparente do Sol é de -26,7 – é o objeto celeste mais brilhante que podemos ver da Terra. Porém, se o Sol estivesse a 10 parsecs de distância, sua magnitude aparente seria de apenas 4,7. Ao considerar as estrelas em uma distância fixa, os astrônomos podem comparar o verdadeiro brilho – intrínseco – de diferentes estrelas.

Estrelas mais brilhantes vistas da Terra

Sol: a estrela mais brilhante do céu

Com base na magnitude aparente, o Sol é a estrela mais brilhante vista da Terra. Contudo, vale ressaltar que nem todas as listas das estrelas mais brilhantes incluem o Sol, já que muitas delas consideram apenas as estrelas observáveis no céu noturno. Assim, elas consideram Sirius a estrela mais brilhante.

Sirius: a segunda estrela mais brilhante — a estrela mais brilhante do céu noturno

A segunda estrela mais brilhante, Sirius, tem uma magnitude aparente de -1,46 e é visível de todo o mundo. Essa estrela deslumbrante está localizada na constelação de Cão Maior; é a estrela Alfa dessa constelação. Sirius está a cerca de 8,6 anos-luz de distância de nós, que é muito mais perto do que o próximo membro da nossa lista.

Canopus: a terceira estrela mais brilhante

A brilhante Canopeia ou Alpha Carinae é a terceira estrela mais brilhante do céu noturno. Essa estrela brilha em uma magnitude visual de -0,74 na constelação de Carina, que é mais visível do Hemisfério Sul. A Canopeia está posicionada mais longe do que qualquer outra estrela nesta lista: a cerca de 310 anos-luz do Sol!

Alpha Centauri: a quarta estrela mais brilhante

A Alpha Centauri é uma estrela mais próxima, porém um pouco mais fraca, que conseguiu o quarto lugar na lista. Essa estrela é, na verdade, um sistema composto de três estrelas, uma das quais também é conhecida como Rigil Kentaurus. A Alpha Centauri está posicionada na constelação de Centaurus e brilha com uma magnitude visual de -0,1. A uma distância de apenas 4,4 anos-luz de nós, esse sistema estelar é o vizinho mais próximo do Sol. O sistema está no céu meridional e não está visível para os observadores acima da latitude de 29° Norte.

Arcturus: a quinta estrela mais brilhante

A quinta estrela mais brilhante é Arturo, o principal membro da constelação de Bootes. Com uma magnitude aparente de -0,05, Arturo é mais visível no céu invernal do Hemisfério Norte. Essa gigante laranja está situada a cerca de 37 anos-luz.

Vega: a sexta estrela mais brilhante

Vega, que leva o sexto lugar, é a estrela mais brilhante da constelação setentrional de Lira, e também faz parte do asterismo Triângulo de Verão. Essa estrela fica a 25 anos-luz de distância do nosso Sistema Solar. A magnitude de Vega foi considerada como tendo “valor zero” para ser usada como referência para medir as magnitudes de outras estrelas, mas isso não ocorre mais, já que estudos posteriores determinaram que sua magnitude é de 0,03. Para as observações visuais, Vega ainda pode ser usada como o ponto zero, mas para observações mais avançadas, é usado um sistema de calibração elaborado.

Capella: a sétima estrela mais brilhante

O último membro da nossa lista é Capela, a sétima estrela mais brilhante de todo o céu. Ela é visível no Hemisfério Norte, durante a maior parte do ano. A Capela é a estrela mais brilhante da constelação de Auriga (Cocheiro) e designada Alpha Aurigae (Alfa do Cocheiro). Localizada a cerca de 43 anos-luz de nós, Capela, na verdade, é um sistema estelar múltiplo composto por duas binárias amarelas.

Você pode observar todas as estrelas mencionadas acima (e muitas outras!) com o Star Walk 2. É só apontar o seu dispositivo para cima e tocar nos pontos mais brilhantes que você vir na tela. Se quiser encontrar uma estrela ou um objeto espacial específico, use o ícone da lupa no canto inferior esquerdo da tela.

Obstáculos para a medição da magnitude

Não é possível definir com perfeição a ordem exata das estrelas mais brilhantes, pois existem alguns obstáculos:

  • Em primeiro lugar, tradicionalmente, o brilho estelar é baseado na magnitude visual aparente percebida pelo olho humano. Depois da invenção dos telescópios, os astrônomos comprovaram a existência de estrelas duplas e de sistemas estelares múltiplos. Hoje em dia, o brilho estelar pode ser expresso em uma magnitude individual ou combinada. Por exemplo, a estrela dupla Alpha Centauri AB tem uma magnitude visual combinada de -0,27, enquanto os seus dois componentes têm magnitudes de 0,01 e 1,33.

  • Novas tecnologias podem medir magnitudes estelares de formas ligeiramente diferentes – isso pode mudar a ordem da lista de estrelas mais brilhantes. Além disso, os cientistas descobriram diferentes tipos de sistemas de magnitude baseados em diferentes comprimentos de onda; portanto, os valores de magnitude aparente podem variar drasticamente.

  • Existem estrelas variáveis, como Betelgeuse ou Antares – sua magnitude se altera ao longo de dias, meses ou anos. Normalmente, para definir com exatidão uma magnitude aparente, deve-se utilizar o brilho máximo repetido ou uma magnitude média simples.

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