Diga adeus ao cometa Lemmon — o cometa mais brilhante de 2025
O cometa Lemmon está se afastando do nosso Sistema Solar — é hora de dizer adeus. Mais brilhante do que 90% dos cometas que visitam nossa vizinhança cósmica, ele foi admirado por milhares de entusiastas de astronomia ao redor do mundo — mas seu brilho agora está diminuindo. Acompanhe o trajeto do cometa Lemmon no céu com o app Star Walk 2. Continue a leitura para saber mais sobre esse visitante celeste inesquecível — o melhor cometa de 2025!
Conteúdo
- Cometa Lemmon 2025 explicado: fatos essenciais e guia de visibilidade
- Dicas de fotografia do cometa Lemmon: guia para iniciantes
- Descoberta do C/2025 A6 (Lemmon)
- Perguntas frequentes: Cometa Lemmon
- Tudo sobre o cometa Lemmon (C/2025 A6): resumo e destaques
Cometa Lemmon 2025 explicado: fatos essenciais e guia de visibilidade
O cometa Lemmon surgiu em janeiro e rapidamente virou o candidato a melhor cometa de 2025. Provavelmente nenhum outro cometa atingirá esse brilho neste ano.
O cometa Lemmon teve a melhor visibilidade na Terra entre outubro e o início de novembro de 2025, com pico de brilho por volta de 27–28 de outubro. Muitos observadores relataram vê-lo a olho nu sob céus escuros e sem Lua. Astrofotógrafos registraram imagens impressionantes do cometa, revelando uma coma verde brilhante e caudas longas e elegantes.

Em 8 de novembro, C/2025 A6 (Lemmon) fez sua maior aproximação ao Sol (periélio) e, desde então, iniciou sua jornada para fora do Sistema Solar. Foi realmente um evento único na vida — o cometa Lemmon não retornará por cerca de 1.000 anos, o que significa que ninguém vivo hoje o verá novamente. O cometa foi melhor observado no Hemisfério Norte — outro detalhe raro. A órbita de C/2025 A6 tem inclinação de 143,7°, portanto o cometa se move em movimento retrógrado — oposto ao sentido usual dos planetas — e atingiu o periélio em uma rota retrógrada setentrional, favorecendo os observadores do norte.

Agora, outro cometa rouba a cena — o terceiro objeto interestelar confirmado, 3I/ATLAS. É apenas mais um cometa, ou algo mais misterioso? Alguns até se perguntam se poderia ser uma nave alienígena. Descubra a verdade no nosso artigo dedicado.
Quão brilhante o cometa Lemmon ficou em 2025?

Vamos aos números. Em astronomia, a escala de magnitude funciona assim: quanto menor o número, mais brilhante é o objeto.
No fim de outubro, perto do pico, o cometa Lemmon atingiu magnitude 4 e se tornou um objeto visível a olho nu a partir de locais escuros e um alvo fácil para binóculos.
Mas, apesar de ser o melhor cometa de 2025, o cometa Lemmon não se tornou um “grande” cometa, como o NEOWISE ou (segundo alguns) o Tsuchinshan-ATLAS. Ainda assim, este cometa foi muito mais brilhante do que cerca de 90% dos cometas que visitam o nosso Sistema Solar.
Para localizar o cometa C/2025 A6 no céu, use qualquer app de astronomia, como Star Walk 2 ou Sky Tonight. Assim, encontrá-lo levará apenas alguns segundos.
O cometa Lemmon é visível a olho nu?
O cometa Lemmon foi visível sem binóculos: a partir de 20 de outubro, pessoas em várias partes do mundo relataram que o cometa ficou brilhante o suficiente para ser visto a olho nu. Alguns observadores estimaram que C/2025 A6 atingiu magnitude de ~3,6, embora dados mais confiáveis do COBS indiquem algo mais próximo de 4.
Após atingir o pico em 27–28 de outubro, o cometa começou a enfraquecer e a se aproximar do horizonte. No momento, o cometa C/2025 A6 não é visível a olho nu e só pode ser visto com binóculos ou telescópio.
Adoraríamos ver os resultados das suas observações — compartilhe suas fotos ou impressões do cometa conosco nas redes sociais.
Visibilidade de C/2025 A6 (Lemmon) em 2025
Em meados de novembro, C/2025 A6 (Lemmon) é observável com binóculos ou telescópio nos dois hemisférios. Procure-o no começo da noite, bem perto do horizonte sudoeste, na constelação de Ofiúco. O cometa está diminuindo gradualmente no crepúsculo vespertino e, até o fim do mês, estará perto demais do Sol para ser visto.

Dicas de fotografia do cometa Lemmon: guia para iniciantes

O cometa não ficará por muito tempo — mas suas fotos sim. O cometa Lemmon ofereceu uma ótima chance para praticar astrofotografia, visível sob céus escuros e com uma cauda longa que se estendia por vários graus no céu — especialmente gratificante de fotografar.
Ao fotografar um cometa, lembre-se de duas coisas:
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Os cometas se movem pelo céu. Exposições curtas de alguns segundos não mostram muito movimento, mas em sequências longas ou imagens empilhadas, o núcleo do cometa pode se deslocar levemente em relação às estrelas.
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Céus escuros são essenciais. A poluição luminosa e o luar reduzem o contraste. Para melhores resultados, escolha condições escuras. O app gratuito Star Walk 2 pode te ajudar a localizar o cometa, verificar sua altitude e encontrar o melhor horário de observação quando o céu estiver mais escuro.
A seguir, veja como capturar o cometa com diferentes equipamentos — desde um smartphone em um tripé até uma câmera com rastreador estelar ou até mesmo um telescópio.

Fotografando com smartphone
Usando apenas o seu celular, o cometa Lemmon provavelmente aparecerá como uma mancha difusa com uma cauda tênue. Mesmo assim, vale tentar! Veja algumas imagens do cometa Lemmon feitas com um iPhone 15 Pro na nossa página do Instagram.
Se você não conseguir ver o cometa Lemmon a olho nu, uma foto pode revelá-lo. Basta localizar sua posição no céu com o app gratuito Star Walk 2, tirar a foto com as configurações certas e voilà! Veja como fazer:
- Apoie o celular em um tripé ou superfície estável.
- Ative o modo Noturno ou o modo Astrofotografia (disponível em alguns modelos).
Se o seu celular tiver modo Pro/Avançado, ajuste manualmente as configurações. Aqui vai um guia rápido:
- ISO (sensibilidade): Use 1600–3200. Valores mais altos tornam a imagem mais clara, mas aumentam o ruído.
- Exposição (velocidade do obturador): 5–10 segundos. Exposições longas podem borrar estrelas e o cometa.
- Abertura (f/): Normalmente fixa em celulares. Um número menor (como f/1.8) deixa entrar mais luz.
- Zoom: Use 1× ou 2× para melhor nitidez. Em 0.5× o cometa parece pequeno; em 2× se destaca mais. Se o celular permitir 3× ou mais, experimente para uma visão mais próxima.
Fotografando com câmera + tripé
Este é o primeiro passo além do celular. Com essa configuração, você pode capturar uma foto de grande campo com paisagem ou um plano mais fechado mostrando o cometa e sua cauda curta.
- Lente: 14–35 mm para paisagens; 85–135 mm para planos mais próximos.
- ISO: 1600–3200.
- Exposição: 10–20 s com grande angular; 5–10 s com teleobjetiva curta para evitar rastros de estrelas.
- Abertura: O mais ampla possível (f/2–f/2.8).
- Foco: Manual, em uma estrela brilhante próxima ao cometa.
💡 Dica: o modo AR do Star Walk 2 ajuda a alinhar o cometa com um elemento do cenário — como uma árvore, montanha ou prédio — para uma composição mais impressionante.
Fotografando com câmera + tripé + teleobjetiva ou telescópio
Essa configuração permite ampliar o núcleo do cometa e parte de sua cauda. Sem rastreamento, porém, as exposições devem ser curtas.
- Distância focal: 200–500 mm ou telescópio pequeno (80–100 mm de abertura).
- ISO: 1600–3200.
- Exposição: 1–5 s para evitar borrões.
- Abertura: f/4–f/5, típica em telescópios.
O resultado será um núcleo nítido com um leve traço da cauda. Para mais detalhes, capture várias imagens curtas e empilhe-as no pós-processamento.
Fotografando com câmera + tripé + rastreador estelar
Um rastreador estelar acompanha o movimento do céu, permitindo exposições mais longas e revelando detalhes sutis na cauda do cometa.
- Lente: 50–200 mm.
- ISO: 800–1600.
- Exposição: 30–120 s, dependendo da distância focal.
- Abertura: f/2–f/4.
- Técnica: Crie duas pilhas — uma alinhada com as estrelas e outra com o cometa. Combine-as no processamento para manter ambos nítidos.
Fotografando com câmera + tripé + rastreador estelar + teleobjetiva ou telescópio
Essa combinação oferece os resultados mais detalhados, revelando estruturas finas da cauda e até variações sutis de cor (cauda iônica vs. cauda de poeira).
- Distância focal: 300–500 mm ou telescópio refrator pequeno.
- ISO: 800–1600.
- Exposição: 20–60 s por frame.
- Abertura: f/4–f/5 (típica de telescópios).
- Empilhamento: Alinhe as imagens com o cometa para manter o núcleo definido e nítido.
Descoberta do C/2025 A6 (Lemmon)
O Mount Lemmon Survey detectou o objeto pela primeira vez em 3 de janeiro de 2025, com magnitude 21,5 — tão fraco que parecia um asteroide. Imagens anteriores do Pan-STARRS (de 12 de novembro de 2024) foram identificadas depois. Observações posteriores revelaram uma coma condensada (≈2,2 arcseg) e uma cauda curta (≈2 arcseg, observada em 21 de fevereiro de 2025), confirmando sua natureza cometária. Um mês e meio após a descoberta, o objeto foi nomeado oficialmente como C/2025 A6 (Lemmon). Trata-se de um cometa dinamicamente antigo, ou seja, já passou pelo Sol antes.
Perguntas frequentes: Cometa Lemmon
Por quanto tempo o Cometa Lemmon será visível?
O Cometa Lemmon será visível até meados de novembro com binóculos. No entanto, a partir de cerca de 10 de novembro, o brilho diminuirá rapidamente — portanto, observe o C/2025 A6 no fim de outubro, quando estiver no auge.
O Sol afetou o Cometa Lemmon (C/2025 A6)?
O Cometa Lemmon já passou perto do Sol antes e tinha um período orbital de cerca de 1.350 anos — ou seja, foi visto pela última vez há mais de um milênio. No entanto, a passagem atual pelo Sistema Solar alterou o período orbital do Lemmon (algo comum entre os cometas). Em 16 de abril, ele passou a 348,5 milhões de km (216,6 milhões de milhas) de Júpiter. O campo gravitacional de Júpiter absorveu parte da energia orbital do Lemmon, encurtando seu período em cerca de 200 anos — agora ele é de aproximadamente 1.154 anos.
Quais aplicativos ajudam a encontrar o Cometa Lemmon no céu?
Sky Tonight e Star Walk 2 são aplicativos gratuitos que mostram a posição exata de qualquer cometa ou objeto celeste no céu de acordo com sua localização. Você pode identificar facilmente estrelas, constelações, planetas, cometas (como o Cometa Lemmon, o Cometa SWAN ou o 3I/ATLAS), satélites e objetos de céu profundo em tempo real — basta apontar o celular para o céu e o app faz o resto!
Ambos os aplicativos são fáceis de usar e vão te ajudar a localizar o Cometa Lemmon. A principal diferença é que o Sky Tonight oferece recursos mais avançados para astrônomos amadores, enquanto o Star Walk 2 proporciona uma experiência de observação relaxante, com música ambiente e visuais deslumbrantes. Além disso, o Sky Tonight inclui todos os objetos astronômicos gratuitamente, enquanto o Star Walk 2 exige uma compra adicional para acessar objetos menores do Sistema Solar, como cometas.
Tudo sobre o cometa Lemmon (C/2025 A6): resumo e destaques
- Tipo: cometa de período longo, dinamicamente antigo
- Período orbital: 1.350 anos (entrada) / 1.154 anos (saída)
- Periélio: 8 de novembro de 2025, a 0,53 UA
- Mais perto da Terra: 21 de outubro de 2025, a 0,60 UA
- Pico de brilho previsto: mag 4 (fácil nos binóculos; a olho nu em condições excelentes) por volta de 27 de outubro de 2025
- Melhor visibilidade: Hemisfério Norte, fim de outubro – início de novembro
C/2025 A6 (Lemmon) passou pelo periélio em 8 de novembro e agora se afasta do Sol. Foi um belo espetáculo para observadores e astrofotógrafos, com uma cauda marcante visível no céu da tarde pelo Hemisfério Norte — e, em certos momentos, também no Sul. Até agora, foi o melhor cometa de 2025. Para ver a posição ao vivo do cometa no seu céu, use o app gratuito Star Walk 2.
Outro cometa digno de nota em 2025 é o 3I/ATLAS. Talvez não seja tão brilhante quanto o cometa Lemmon, mas gerou especulações suficientes para alimentar várias teorias da conspiração. Para informações confiáveis e atualizadas sobre 3I/ATLAS, leia nosso artigo.
